Na tarde de domingo (12/11), a estação Carandiru do metrô, na zona norte de São Paulo, foi palco de uma cena alarmante, onde um homem armado ameaçou, agrediu e xingou um jovem negro. O caso tomou uma reviravolta ainda mais perturbadora quando uma policial militar, presente no local, se recusou a intervir e até mesmo agrediu o jovem quando ele buscou auxílio.
Um repórter fotográfico, que preferiu permanecer anônimo devido a receios de represálias, registrou o incidente, que começou com o agressor ameaçando atirar no jovem enquanto uma mulher tentava protegê-lo. Em meio a dezenas de testemunhas, o agressor continuou sua violência, acompanhado por uma policial militar que, surpreendentemente, assistia à cena de braços cruzados.
Ao se aproximar em busca de ajuda, o jovem negro foi não apenas ignorado pela policial, mas também agredido com um chute na barriga. As imagens registradas mostram claramente a brutalidade do agressor, a omissão da policial e a tentativa desesperada do jovem de escapar da violência.
O vídeo revela ainda um diálogo tenso entre o agressor, a mulher que filmava a cena e a policial militar. Em determinado momento, a policial sugere ligar para o número de emergência, enquanto continua a se manter passiva diante do ocorrido.
O repórter, ao questionar a policial sobre sua inação, recebe uma resposta evasiva, indicando para ligar para o 190. A situação se agrava quando a policial, supostamente fora de serviço, avança sobre o jornalista, gerando mais questionamentos sobre a conduta da corporação.
O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar, que estabelece o dever dos PMs de atuar mesmo estando fora de serviço para preservar a ordem pública ou prestar socorro, coloca em xeque a postura da policial militar que estava presente no local.
A reportagem buscou esclarecimentos junto à Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo, mas até o momento não obteve resposta. Este incidente destaca a urgência de uma investigação imparcial e transparente para apurar as circunstâncias desse episódio perturbador e a conduta da policial militar envolvida.