CRÍTICA: Dua Lipa tenta navegar fundo com o "Radical Optimism", mas acaba se afogando. 9

CRÍTICA: Dua Lipa tenta navegar fundo com o “Radical Optimism”, mas acaba se afogando.

Dua Lipa finalmente lançou um dos álbuns mais aguardados do ano. Mas… vamos te explicar aqui o porque que a cantora não conseguiu ir muito longe no seu nado e acabou morrendo na praia com o “Radical Optimism”.

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Apenas para deixar as coisas claras, “Radical Optimism” é o terceiro álbum de estúdio da cantora britânica Dua Lipa. Depois de ter lançado dois álbuns incríveis como o “DUA LIPA” em 2017 e o deslumbrante “Future Nostalgia” em 2020, a internet esperava MUITO da cantora, que demorou incríveis 4 anos para lançar sua nova obra.

É até entendível que Dua lance álbuns em um longo período de tempo, afinal, a cantora além de saber trabalhar muito bem suas eras e seus singles, sempre esteve em ascenção desde 2017 e principalmente em 2020 até agora, seja com seus singles de sucesso como “Don´t Start Now” e “Levitating” ou seus inúmeros droplets, como “Cold Heart” em parceria de Elton Jhon, “Dance The Night” para a trilha sonora de “Barbie” ou “One Kiss” com o Calvin Harris.

Desde então, quando se aumenta uma expectativa com base nos fatores fama do artista, prêmios que já ganhou, recordes quebrados e uma fã base consolidada, é normal esperar muito da artista, que infelizmente, dessa vez, não conseguiu entregar o prometido.

Desde o lançamento de “Dance The Night” alguns internautas criticaram Dua Lipa por “não inovar” como esperavam no single, fazendo com que acreditássemos que o single era apenas um descarte do seu álbum “Future Nostalgia”.

Daí veio o single “Houdini”, que, embora não tenha feito o sucesso esperado pelos fãs, é uma canção extremamente classuda, impactante, sexy e divertida de se ouvir. Pontuamos aqui inclusive essa como a melhor canção do álbum, disparada.

Logo em seguida, boom, mais um acerto da cantora, quando lançou a gostosinha “Training Season”. Embora não seja tão perfeita como “Houdini” e tenha um clipe muito duvidável, é uma canção muito cativante. Alem de tudo, as performances ao-vivo da cantora estavam IMPECÁVEIS.

E, para finalizar o ciclo, Dua lançou o que chamaremos de maior erro de todo esse álbum, “Illusion”. Mas calma, não estamos criticando a música em si, mas sim a estratégia da cantora de lançar a terceira música mais cativante do álbum semanas antes do seu lançamento.

As três melhores canções do álbum se tornaram singles, o que é bom por algumas partes, mas ruim por outras. Sabe quando você está jogando um jogo de sobrevivência e acaba gastando todos os recursos antes da fase final? Assim talvez podemos classificar essa jogada da Dua.

Utilizar as três únicas músicas matriz como single do álbum, ainda mais antes do lançamento, deixou o álbum de Dua entediante, chato de ouvir e sonoramente fraco. As canções “Houdini”, “Training Season” e “Illusion” simplesmente atropelaram as outras sem piedade, em uma espécie de bullying musical.

O álbum abre com a canção “End Of An Era”, que, embora gostosinha, não é mais que um rostinho bonito, se é que nos entendem. Daí depois conhecemos “These Walls”, “Watcha Doing” e “Franch Exit”, que, não são ruins, mas não são ótimas. “Falling Forever” é talvez a única do álbum com cacique para seguir a tradição dos singles anteriores. Já as finais “Anything For Love”, “Maria” e “Happy For You” são… é… músicas da Dua Lipa.

As canções aqui não possuem clímax como os singles do álbum. Parecem, para ser bem sinceros, descartes do álbum anterior da cantora, “Future Nostalgia”, e embora alguns fãs não aceitem esse fato, sim, esse álbum é a versão feia do segundo álbum de estúdio da Dua.

Se você colocar o “Radical Optimism” ao lado do “Future Nostalgia”, ele será facilmente esquecido. Com as incríveis “Future Nostalgia”, “Cool”, “Pretty Please”, e “Fever”, que nem sequer chegaram a ser as maiores canções do álbum, o FN tem praticamente 100% de acertos. Dua facilmente poderia reutilizar o álbum todo como singles da era, diferente desse caso aqui, onde as músicas boas do álbum já tinham sido ouvida antes mesmo do lançamento do álbum.

Bom, o maior erro disso tudo foi termos esperado muito. Dua Lipa precisa aprender com esse álbum e fazer algo inovador, fora da caixa, sair da zona de conforto. Uma grande artista, uma grande cantora, mas infelizmente nos prometeu nadar ao lado dos megalodontes, enquanto nadava com os golfinhos.

66/100
Nota final
  • SONORIDADE
    70/100 Bom
    Mais do mesmo.
  • CONCEITO
    65/100 Bom
    O conceito do álbum não tem nada haver com os singles entregados, até o lançamento de "Illusion"
  • VISUAIS
    70/100 Bom
    Os clipes parecem ter saído de diversos conceitos, várias mentes diferentes, uma mistura que no final nem sequer possuem a temática da própria capa do álbum, onde ela aparece com um tubarão.
  • COMPOSIÇÕES
    65/100 Bom
    Nada a declarar.
  • EXPERIÊNCIA
    60/100 Normal
    Entediante.

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