CRÍTICA: Anitta prova que o funk pode ser mais que “só funk” em “Funk Generation”

Com seu mais recente álbum, “Funk Generation”, Anitta não apenas convida o mundo a se render aos ritmos cativantes do funk brasileiro, mas também demonstra uma habilidade excepcional em brincar com as três línguas – inglês, espanhol e português. Através de trocadilhos inteligentes e referências culturais, Anitta enriquece suas letras com nuances que refletem sua identidade multifacetada e sua conexão com sua terra natal.

Desde o início, o álbum é uma festa para os ouvidos e para os fãs do funk, com cada faixa projetada para fazer você dançar, oferecendo uma fusão perfeita de estilos e uma explosão de energia que é difícil de resistir. Em ressalva – uma colaboração com Chloe Bailey na faixa “Fria” cairia muitíssimo bem.

Anitta também demonstra uma disposição corajosa ao abandonar sua estética pop americana polida, de sua era anterior, em favor de uma abordagem mais “street”, adicionando uma camada de autenticidade à sua imagem artística. Isso não apenas complementa o álbum, mas também reforça sua conexão com suas raízes e influências musicais. Ponto positivo!

Além disso, a produção do álbum, liderada pelos principais nomes da cena do funk brasileiro, eleva o gênero a novos patamares, explorando cada batida ao máximo e demonstrando um profundo entendimento das complexidades do funk. Ou seja, vai ficar difícil pra quem é lá de fora fazer algo assim com a mesma maestria!

Desde o início da divulgação dessa era, Anitta deixa claro que esse é um álbum feito para dançar e que qualquer outro drama fica pra depois, não deixando espaço para interpretações equivocadas do tipo “Cade o drama? Cade a profundidade do álbum?”. “Funk Generation” é pura festa brasileira pro mundo entender que a gente sabe como fazer uma, e nas festas, a gente só quer dançar, chorar a gente deixa para as segundas-feiras!

Em suma, “Funk Generation” é uma celebração do talento e paixão de Anitta pelo funk brasileiro, enriquecida por sua habilidade em brincar com as três línguas e sua disposição em explorar novos territórios musicais.

É um álbum que certamente fará você dançar do início ao fim e serve como uma excelente introdução ao gênero para aqueles que ainda não estão familiarizados com ele. Embora possa não quebrar novos territórios (o que não impede que isso seja feito), é uma oferta sólida que mostra Anitta no auge de sua criatividade e habilidade musical, deixando de lado (por enquanto) o estereotipo latino pop pra mostrar sua verdadeira essência. Esta evolução visual e musical reflete não apenas a maturidade artística de Anitta, mas também sua determinação em se destacar como uma das principais potências do cenário musical brasileiro e internacional.

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POPTime

maio 4, 2024