Anielle Franco revela em podcast que termo "buraco negro" é racista 7

Anielle Franco revela em podcast que termo “buraco negro” é racista

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, anunciou uma iniciativa ousada durante sua participação no programa “Bom dia, Ministro” da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Franco, que é a primeira convidada do programa para marcar o início do mês da Consciência Negra, celebrado em novembro, declarou sua intenção de promover uma mobilização contra o uso da expressão “buraco negro”, alegando que a terminologia é “racista”.

Em sua entrevista, a ministra destacou que o uso de termos considerados ofensivos é uma preocupação constante e que, sempre que possível, ela e sua equipe tentam sensibilizar as pessoas sobre a inapropriada conotação racial dessas palavras.

“Hoje existem muitas palavras que a gente tem tentado muito, sempre que a gente pode, comunicar de maneira bem tranquila e dizer: ‘Olha, essa palavra é racista'”, afirmou Franco.

Confira o momento:

Anielle Franco ressaltou que a promoção de ações como essa faz parte de um processo de “letramento racial” da sociedade, visando conscientizar as pessoas sobre o impacto das palavras e promover uma cultura mais inclusiva e respeitosa.

Ela argumentou que a Consciência Negra não deve ser apenas um mês de celebração, mas sim um lembrete constante da necessidade de combater o racismo em todas as suas manifestações.

Além de promover o “letramento racial”, a ministra também enfatizou a necessidade de consequências mais severas para aqueles que cometem atos de racismo. Ela defendeu que as pessoas que propagam discursos racistas devem “sentir no bolso” as implicações de suas ações.

“Só pedir desculpa, ou fazer uma carta de próprio punho dizendo: ‘me desculpe por ter lhe xingado’, ainda não é suficiente. As pessoas precisam de fato começar a sentir no bolso, precisam começar a entender que existem pessoas negras que são seres humanos”, concluiu a ministra.

A iniciativa da ministra Anielle Franco de combater a expressão “buraco negro” e sua defesa por consequências mais severas para atos de racismo refletem seu compromisso em promover a igualdade racial e combater o preconceito em todas as suas formas. Ela espera que essas ações possam contribuir para uma sociedade mais justa e inclusiva, onde o respeito às diferenças seja a norma.

Compartilhe essa notícia ✈️
0
Compartilhar
URL compartilhável
👀 Talvez você queira saber
0
Compartilhar