Remédio oral desenvolvido a partir de fezes humanas é aprovado para uso nos Estados Unidos 7

Remédio oral desenvolvido a partir de fezes humanas é aprovado para uso nos Estados Unidos

A agência Food and Drug Administration dos Estados Unidos (FDA) aprovou o primeiro remédio oral feito de fezes humanas. A medicação, chamada de Vowst, é uma alternativa mais simples à terapia de transplante fecal e contém bactérias intestinais vivas obtidas a partir de amostras de fezes doadas por pessoas saudáveis.

Desenvolvido pela Seres Therapeutics em parceria com a Nestlé Health Science, o Vowst é projetado para restaurar a microbiota intestinal do paciente.

A medicação é especificamente prescrita para pacientes com infecções recorrentes por Clostridioides difficile (C. difficile), que tentaram terapia convencional com antibióticos sem sucesso. C. difficile é uma bactéria que pode causar dor abdominal severa, diarreia e febre, e em casos graves pode levar à falência de órgãos e morte.

Nos Estados Unidos, ocorrem cerca de 156.000 casos da doença por ano, com 15.000 a 30.000 mortes.

Em um estudo clínico, o Vowst reduziu significativamente a recorrência da infecção por C. difficile. Dos 89 pacientes que receberam o medicamento, apenas 12,4% relataram novos casos da doença, em comparação com 39,8% no grupo placebo.

No entanto, a medicação tem algumas limitações. Embora os doadores sejam examinados quanto a patógenos transmissíveis, ainda há um potencial risco de contrair doenças através da medicação. A pílula também pode conter alérgenos alimentares desconhecidos.

Peter Marks, porta-voz da FDA, declarou que “a aprovação de hoje oferece aos pacientes e profissionais de saúde uma nova maneira de ajudar a prevenir infecções recorrentes por C. difficile”. O medicamento está disponível apenas para pacientes com mais de 18 anos de idade.

Em conclusão, o Vowst é um medicamento promissor que pode revolucionar o tratamento de infecções recorrentes por C. difficile. Embora tenha limitações, sua eficácia na redução das taxas de recorrência e na restauração da microbiota intestinal pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes afetados.

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