Uma jovem candidata a uma vaga de emprego como vendedora em um shopping na Zona Oeste do Rio de Janeiro foi vítima de assédio sexual durante o processo seletivo em 2019.
A mulher, identificada como Tatiane de Souza, recebeu mensagens de texto inapropriadas por parte do homem responsável por marcar a entrevista.
De acordo com o relato da vítima, o homem teria pedido a ela a realização de um “teste do sofá” e o envio de fotos íntimas para garantir a contratação.
As conversas foram gravadas por Tatiane e posteriormente utilizadas como prova no processo que ela abriu contra o shopping, a loja e o autor das mensagens.
A Justiça condenou os três réus a pagar uma indenização de R$ 50 mil, mas ainda é possível recorrer da decisão.
O shopping afirmou que repudia a atitude do homem e que adota protocolos preventivos para evitar casos de assédio sexual contra as mulheres.
A defesa do autor das mensagens e da loja negou as acusações e alegou que a entrevista foi conduzida exclusivamente pela gerente da loja. Além disso, a advogada responsável pelo caso apontou disparidade nos horários das mensagens e sugeriu adulteração do diálogo. O celular do réu foi apresentado para perícia, mas o procedimento foi dispensado em juízo.
O caso chama a atenção para a persistência do assédio sexual no ambiente de trabalho e a importância de denunciá-lo. É fundamental que as empresas adotem medidas efetivas para prevenir e combater o assédio sexual e que as vítimas recebam o apoio necessário para buscar justiça.