Homossexualismo entre mamíferos possuem benefícios evolutivos, indica estudo 7

Homossexualismo entre mamíferos possuem benefícios evolutivos, indica estudo

Uma pesquisa recentemente publicada na renomada revista científica “Nature Communications” está lançando luz sobre um fenômeno intrigante e amplamente observado no reino animal: o homossexualismo entre mamíferos. Os resultados desse estudo sugerem que o relacionamento sexual entre animais do mesmo sexo pode desempenhar um papel crucial na evolução das espécies, ajudando a estabelecer e manter vínculos sociais, além de mitigar conflitos.

Os cientistas por trás deste estudo inovador se concentraram na análise do comportamento observado em nada menos que 261 espécies de mamíferos. Vale ressaltar que o homossexualismo já foi documentado em cerca de 1,5 mil espécies, abrangendo desde invertebrados, como aranhas e insetos, até vertebrados, como peixes, anfíbios, répteis, aves e, claro, os mamíferos que foram o foco desta pesquisa.

Entre os achados mais notáveis desse estudo, que se concentrou principalmente em primatas não humanos, desde lêmures até macacos, estão os seguintes:

  1. Ampla Ocorrência: O comportamento sexual entre animais do mesmo sexo foi observado tanto em machos quanto em fêmeas, independentemente de estarem em cativeiros ou em ambientes selvagens.

  2. Diversidade de Espécies: Esse comportamento foi registrado em um impressionante total de 261 espécies de mamíferos.

  3. Variedade de Comportamentos: O comportamento homossexual incluiu uma gama de atividades, como namoro, contato genital, cópula e formação de pares.

  4. Prevalência em Adultos: Os registros desse comportamento ocorreram com mais frequência em animais adultos do que em jovens.

  5. Benefícios Evolutivos: A atividade sexual entre animais do mesmo sexo parece desempenhar um papel fundamental na promoção e manutenção de relações sociais, bem como na mitigação de conflitos. Isso pode ser particularmente relevante em espécies onde adultos competem e até se matam.

Os autores do estudo realizaram uma análise abrangente da literatura existente para compilar uma base de dados que identificou quais espécies sociais têm maior probabilidade de exibir esse comportamento. Isso sugere que o homossexualismo pode ser uma estratégia evolutiva para manter a harmonia dentro das comunidades, promovendo relações sociais positivas, formação de laços e alianças, e reduzindo a agressão e os conflitos entre os indivíduos.

Exemplos notáveis de espécies que apresentam esse comportamento incluem bonobos, chimpanzés, carneiros selvagens, leões, lobos e várias espécies de cabras selvagens, como destacado no estudo.

Além disso, os cientistas observaram que o homossexualismo era prevalente tanto entre machos quanto entre fêmeas, mas tinha uma maior probabilidade de evoluir em situações onde os adultos frequentemente se envolviam em confrontos mortais. Isso sugere que essa adaptação pode ajudar a controlar a violência intrasexual, contribuindo para a sobrevivência das espécies.

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