Comerciantes chineses estão usando homens como modelos de lingerie para vendas de peças íntimas femininas pela internet. A ação inusitada vem em consequência da medida do governo da China de proibir que mulheres apareçam online vestindo sutiãs, bodies e afins.
Em entrevista ao Jiupai News, um empresário identificado como Sr. Xu, que é dono de uma loja online que faz transmissões ao vivo, foi um dos que adotou a proposta. “Pessoalmente, não temos nenhuma escolha. As peças não podem ser usadas por nossas colegas mulheres, então usamos nossos colegas homens para exibi-las“, disse.
Sr. Xu utilizou, ainda em dezembro, a rede social Douyin, muito popular entre os chineses, para divulgar um dos primeiros vídeos com um modelo masculino vestindo lingerie. Os comentários foram positivos e negativos, mas a repercussão foi grande.
“Se fosse uma modelo, a live seria banida o tempo todo. Não é como se isso não tivesse acontecido antes. Isso ainda é tirar das mulheres oportunidades de emprego”, comentou uma internauta.
Surgiram também comentários mais assanhados. “Esse cara veste melhor que a garota”, disse um internauta. Outro ainda fez uma proposta: “Por que você não termina de tirar a roupa?”.
Segundo dados da Statista, plataforma online especializada em dados de mercado e consumidores, estima-se que os e-commerces baseados em livestreaming faturem 4,9 trilhões de yuan (cerca de 3,69 trilhões de reais) em 2023. (Com informações de Monet)