Dono de padaria parte pra cima de cliente por estar usando notebook em estabelecimento 7

Dono de padaria parte pra cima de cliente por estar usando notebook em estabelecimento

Dono de padaria parte pra cima de cliente por estar usando notebook em estabelecimento

Na última quarta-feira (31), um episódio inusitado ocorreu em uma padaria localizada em Barueri, na Grande São Paulo, quando o proprietário do estabelecimento tentou agredir um cliente por estar utilizando um notebook na mesa. O incidente foi registrado em vídeo pelo próprio cliente e gerou repercussão nas redes sociais.

O dono da padaria, identificado como Silvio Mazzafiori, de 65 anos, demonstrou irritação ao perceber a presença de um notebook aberto na mesa onde o cliente, Alan Barros, de 32 anos, estava acompanhado de amigos. Na tentativa de agressão, Mazzafiori acabou tropeçando e caindo, sendo contido por pessoas próximas.

O cliente, que é empresário e morador de Dubai, relatou ter se sentido assustado e humilhado com a situação. Ele retornou recentemente ao Brasil para expandir seus negócios e estava utilizando o notebook, prática comum nos Emirados Árabes, onde trabalhar em cafés é rotineiro.

O vídeo também registra ameaças proferidas por Mazzafiori, que promete “pegar” e “matar” o cliente e seu amigo, além de expressar descontentamento com a filmagem da cena. Alan Barros teve dificuldades para registrar o Boletim de Ocorrência na Delegacia de Barueri e contou com a assistência de um advogado para conseguir formalizar a denúncia.

Surpreendentemente, o caso não é o primeiro envolvendo o dono da padaria e a proibição do uso de eletrônicos. Um vídeo de 2018, publicado nas redes sociais, mostra Mazzafiori discutindo com uma cliente que utilizava um tablet no estabelecimento. Na ocasião, ele justificou a proibição, alegando que a padaria não deveria ser transformada em um escritório.

A polícia, presente no local no momento do incidente, não interveio nas tentativas de agressão, o que levou o representante jurídico de Alan a acionar a Corregedoria das polícias para investigar a conduta dos agentes.

Quanto à proibição do uso de eletrônicos imposta pelo estabelecimento, especialistas em direito do consumidor consultados pelo g1 afirmam que é permitido estabelecer regras para a permanência no local. Contudo, a clareza da informação e a antecipação da proibição são essenciais para que o consumidor tenha conhecimento e possa optar por seguir as regras ou procurar outro estabelecimento.

O caso levanta questões sobre os limites da atuação dos estabelecimentos comerciais em impor restrições aos clientes e destaca a importância do respeito mútuo para evitar conflitos desnecessários. Até o momento desta reportagem, a padaria Empório Bethaville não se pronunciou sobre o ocorrido. O desdobramento do caso será acompanhado de perto pela Corregedoria das polícias e pela opinião pública.

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