No último dia 3 de novembro, o ex-boxeador porto-riquenho Félix Verdejo foi sentenciado a duas prisões perpétuas após ser considerado culpado pelo brutal assassinato de sua namorada grávida, Keishla Rodríguez, que tinha apenas 27 anos. O crime ocorreu em abril de 2021 e chocou profundamente a opinião pública da ilha caribenha.
O julgamento de Verdejo e de seu amigo Luis Antonio Cádiz, também acusado no caso, revelou detalhes aterradores da tragédia. Cádiz testemunhou que o ex-boxeador pressionou Keishla a fazer um aborto e, no fatídico dia do assassinato, a agrediu e injetou uma substância tóxica nela.
Os dois então a amarraram e a lançaram de uma ponte movimentada em plena luz do dia, atirando-a em uma lagoa com os membros amarrados a um bloco de concreto. A autópsia confirmou a presença de fentanil e xilazina, um sedativo para animais, no sangue da vítima.
As duas sentenças de prisão perpétua se devem não apenas à morte de Keishla, mas também à do feto, que ela carregava em seu ventre. A decisão judicial foi comemorada nas redes sociais, enquanto Félix Verdejo continuou a negar qualquer envolvimento no terrível crime.
O juiz que proferiu a sentença ressaltou a brutalidade dos atos, afirmando que Verdejo “acabou com a vida de duas pessoas de forma horrenda.” Ele destacou que a crueldade da ação só aumentou a tragédia e que as vidas de Keishla e seu feto, assim como as de suas famílias, foram irremediavelmente afetadas.
O comissário de polícia de Porto Rico, Antonio López, fez um pronunciamento importante após a sentença, enfatizando que a justiça prevaleceu, independentemente da fama, do dinheiro ou do poder do acusado. Ele afirmou: “Não importa quanta fama, dinheiro ou poder você pensa que tem. Se você infringir a lei, terá que responder.”
A mãe de Keishla, que havia alertado sua filha sobre o perigo representado por Verdejo, descreveu o assassinato como “macabro”. Ela ressaltou que a justiça foi feita para sua filha e seu neto, destacando que ambos eram vidas que foram brutalmente ceifadas.
Félix Verdejo, que representou Porto Rico nas Olimpíadas de Londres em 2012, tinha uma carreira promissora no boxe, com 29 lutas e 27 vitórias, sendo 17 por nocaute. Suas performances no ringue lhe renderam contratos milionários, mas seu envolvimento nesse crime hediondo colocou um fim abrupto em sua carreira esportiva e o levou a enfrentar as consequências legais de seus atos terríveis.
