O avanço da tecnologia tem possibilitado o desenvolvimento de diversas inovações, dentre elas o uso de inteligências artificiais (IA) em diversas áreas. Recentemente, uma inovação chamou a atenção na internet: um designer visual de Xangai, na China, utilizou IA para criar uma versão digital de sua avó falecida, com o objetivo de “matar a saudade” da parente que se foi em janeiro.
Wu Wuliu, de 24 anos, descreveu o processo como uma forma de “ressuscitar” a avó e publicou um vídeo na plataforma Bilibili, em que mostra a versão digital da ancestral. Utilizando fotos e mensagens de áudio, ele simulou a voz e o sotaque da avó, além de utilizar o ChatGPT para criar conversas com ela.
A iniciativa gerou debates nas redes sociais, com opiniões divididas entre os internautas. Enquanto alguns parabenizaram o designer e se emocionaram com a iniciativa, outros argumentaram que transformar parentes mortos em bonecos digitais é inapropriado.
Wuliu, por sua vez, explicou que a versão digital da avó ajudou a lidar com arrependimentos relacionados à sua relação com a ancestral. Ele contou que foi criado pela avó, mas se afastou dela nos últimos anos de vida da parente.
O caso traz à tona questões éticas e morais sobre o uso de IA para criar versões digitais de pessoas mortas. Será que isso é uma forma saudável de lidar com o luto e a saudade? Ou é uma maneira de evitar o processo natural de aceitação da morte? Essas são perguntas que merecem reflexão e discussão.
Confira parte do vídeo:
A man, who goes by the name Wu Wuliu on #Bilibili, one of the country's most popular video-sharing platforms, uploaded a video in which he used #AI to create a #digital version of his late grandmother who died in January.
The "grandmother" can blink, nod and even heartily laugh. pic.twitter.com/C81klLtUTv— China Focus (@China__Focus) April 11, 2023
