Uber e 99 devem oferecer R$ 30 por hora a motoristas 7

Uber e 99 devem oferecer R$ 30 por hora a motoristas

A indústria de aplicativos de transporte no Brasil está enfrentando um momento crucial de negociações e regulamentações, enquanto as empresas, sindicatos de condutores e o Ministério do Trabalho buscam um acordo sobre a remuneração dos motoristas de aplicativos. Uma recente proposta de oferecer uma remuneração fixa de R$ 30 por hora trabalhada, sem estabelecer um vínculo empregatício, está causando debate e desacordos entre as partes envolvidas.

A Proposta e os Desafios:

De acordo com fontes ligadas às negociações, a proposta de remuneração fixa de R$ 30 por hora foi apresentada como parte das discussões sobre a regulamentação da categoria. O Sindicato dos Motoristas Autônomos de Transporte Privado Individual por Aplicativos no Distrito Federal (Sindmaap-DF) chegou a aceitar a proposta, mas as empresas de aplicativos solicitaram mais tempo para explorar alternativas.

Por outro lado, a Associação Brasileira de Movilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa os interesses das empresas de transporte e de entrega por aplicativos, negou a afirmação do sindicato de que haveria um prazo para finalizar uma proposta ou que o governo federal interviria na regulamentação.

As partes envolvidas continuam analisando a questão, trabalhando ao lado do Ministério do Trabalho para chegar a um acordo sobre a regulamentação dos aplicativos. A principal questão em debate é se a atividade intermediada pelos aplicativos se enquadra na legislação trabalhista atual.

Expectativas do Governo:

O Ministério do Trabalho e Emprego expressou sua esperança de que um texto final seja elaborado em breve. O governo está buscando apresentar um documento que trate tanto dos motoristas quanto dos entregadores de aplicativos, com consultas sendo realizadas tanto com as empresas quanto com os trabalhadores, visando a elaboração de uma proposta que seja benéfica para todas as partes envolvidas.

Desafios para os Entregadores:

Enquanto a discussão avança no caso dos motoristas, os trabalhadores dos aplicativos de entrega continuam sem uma proposta definida. A Amobitec, que representa tanto empresas de transporte como de entrega por aplicativos, aponta para a complexidade das discussões relacionadas ao setor de entregas. Até o momento, os entregadores não foram incluídos na proposta de remuneração fixa de R$ 30 por hora.

Um dos principais desafios é determinar uma remuneração mínima e as contribuições previdenciárias para os entregadores. A entidade argumenta que o engajamento dos entregadores com os aplicativos é diferente dos motoristas, e, portanto, deve ser considerado de maneira distinta para evitar onerações excessivas.

As negociações e regulamentações em torno do trabalho por aplicativos estão em um estágio crucial, com a proposta de remuneração fixa de R$ 30 por hora gerando debates e incertezas. Enquanto as partes continuam buscando um acordo, a expectativa é de que o governo desempenhe um papel crucial na definição das regras que afetam motoristas e entregadores de aplicativos no Brasil.

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