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Nikolas Ferreira comete transfobia contra Erika Hilton em novo episódio de transfobia na Câmara

Em mais um episódio de transfobia na Câmara dos Deputados, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) atacou a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), líder do partido, durante uma reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher nesta quarta-feira (5). O incidente ocorreu durante uma audiência com a ministra Cida Gonçalves.

A discussão começou fora do microfone entre Erika Hilton e a deputada Júlia Zanatta (PL-SC). Erika chamou Júlia de “ridícula”, “feia” e “ultrapassada”, acrescentando “vai hidratar esse cabelo”. Em seguida, Nikolas Ferreira interveio e disse: “Pelo menos ela é ela”. A troca de insultos foi gravada e compartilhada nas redes sociais do próprio Nikolas.

A atitude de Nikolas Ferreira foi amplamente criticada como transfóbica. O Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou a transfobia ao crime de racismo em 2019, classificando atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais como crimes de racismo.

Nikolas Ferreira, conhecido por sua postura bolsonarista, já esteve envolvido em vários episódios de preconceito no Congresso. Ele foi alvo de uma representação no Conselho de Ética por uma fala transfóbica no plenário. Além disso, em dezembro de 2023, a Justiça de Minas Gerais manteve uma condenação por danos morais movida pela deputada Duda Salabert (PDT-MG), também mulher trans eleita para o Congresso, obrigando-o a pagar uma indenização de R$ 30 mil. O caso remonta a 2020, quando Nikolas afirmou que continuaria chamando Duda de “ele” com base em sua certidão de nascimento, repercutindo as declarações nas redes sociais.

Erika Hilton e Duda Salabert são as primeiras mulheres trans eleitas para o Congresso Nacional, representando um marco importante na luta pelos direitos LGBTQIA+ no Brasil. A deputada Erika Hilton foi procurada pelo g1 para comentar o episódio, mas optou por não se manifestar. A resposta de Nikolas Ferreira era aguardada até a última atualização desta reportagem.

A situação levanta novamente a urgência do debate sobre o respeito e a proteção dos direitos das pessoas trans no Brasil, um país onde a transfobia é uma realidade ainda muito presente e violenta.

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