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Coreia do Sul aprova lei que PROÍBE o comércio de carne de cachorro

Na terça-feira, o Parlamento da Coreia do Sul aprovou uma legislação histórica que proíbe a criação, abate e venda de cães para consumo de carne. Esta prática, há muito criticada por ativistas de direitos dos animais, finalmente recebeu um golpe significativo com a aprovação esmagadora de 208 votos a favor e nenhum contra na Assembleia Nacional.

A nova lei entrará em vigor após um período de espera de três anos, aguardando a aprovação final do Presidente Yoon Suk Yeol. Criar, abater e vender cães para consumo será punível com até três anos de prisão ou multas de até 30 milhões de won (aproximadamente 23 mil dólares).

A carne de cachorro tem sido parte integrante da culinária sul-coreana, com estimativas de consumo chegando a um milhão de cães anualmente. No entanto, esta tradição tem sido drasticamente reduzida nos últimos anos, à medida que mais sul-coreanos adotam cães como animais de estimação. Consumir carne de cachorro tornou-se um tabu, especialmente entre os jovens urbanos, enquanto os defensores dos direitos dos animais aumentaram a pressão sobre o governo para proibir a prática.

O Presidente Yoon, conhecido por seu amor pelos animais e por ter adotado vários cães e gatos vadios, respaldou fortemente a iniciativa, assim como a primeira-dama Kim Keon Hee, que é uma crítica aberta do consumo de carne canina.

JungAh Chae, diretor executivo da Humane Society International/Korea, comemorou a decisão, afirmando: “A maioria dos cidadãos coreanos rejeita comer cães e quer ver este sofrimento restrito aos livros de história, e hoje os nossos políticos agiram decisivamente para tornar isto uma realidade.”

No entanto, a medida não foi sem resistência. Em 2021, a Coreia do Sul tentou banir o consumo de carne de cachorro, mas voltou atrás devido a protestos de produtores. Desta vez, a nova legislação inclui compensações para esses negócios, incentivando a transição para outras atividades econômicas.

Uma pesquisa recente revelou que nove em cada dez sul-coreanos não têm intenção de consumir carne de cachorro no futuro, sinalizando uma mudança nas atitudes públicas em relação a essa prática controversa. A nova lei representa um passo significativo em direção ao respeito pelos direitos dos animais, encerrando uma tradição que gerou controvérsias por anos.

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