Bolsonaristas ameaçam queimarem vivos estudantes da UFRJ 7

Bolsonaristas ameaçam queimarem vivos estudantes da UFRJ

Estudantes do curso de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) relataram ao Estadão que foram ameaçados por um grupo bolsonarista que bloqueou a Rodovia Presidente Dutra na altura do km 276, em Barra Mansa, no sul do Estado do Rio, nesta segunda-feira, 31. Segundo o relato, por cursarem uma universidade pública os alunos foram identificados como petistas e passaram a ser hostilizados pelos manifestantes. Os ativistas protestam contra a derrota do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) na disputa com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial que se encerrou neste domingo, 30. Mobilizaram-se em vários estados para pedir um golpe militar. Segundo os estudantes, os ativistas ameaçaram queimar os estudantes. Também conforme os universitários, agentes da Polícia Rodoviária Federal testemunharam as ameaças e não intervieram. O Estadão não conseguiu entrevistar, na noite desta segunda-feira, 31, nenhum porta-voz da PRF sobre essas reclamações de estudantes em relação à suposta omissão de integrantes da corporação quando foram ameaçados pelos manifestantes. “Nós saímos do Rio às 8h desta segunda, num ônibus da UFRJ, rumo a Uberaba, para fazer um trabalho de campo da disciplina Estratigrafia”, contou por telefone uma aluna que participa da viagem e prefere não se identificar. A nota diz que os professores orientaram os estudantes a se dividirem em grupos e ir para o hotel mais próximo, apenas com as roupas do corpo e documentos. “Durante o caminho, os estudantes foram xingados, filmados, ameaçados e hostilizados pelos manifestantes, que impediram o direito constitucional de ir e vi., diz o texto” Na nota, a Reitoria da UFRJ “repudia veementemente o bloqueio e a hostilização protagonizados pelos manifestantes que impossibilitaram os estudantes de prosseguir viagem de pesquisa acadêmica” e se solidariza com os estudantes, professores, motoristas e seus familiares. O texto lembra que a universidade sofreu, em 2022, sucessivos bloqueios orçamentários, chegando a “um estado de penúria financeira” e reclama dos “bloqueios terrestres que impedem o livre tráfego para produzir pesquisas”. “A UFRJ não permitirá que seus estudantes, professores e funcionários sejam ultrajados e hostilizados e com anuência de outros entes do Poder Executivo” diz o texto. “Caso os estudantes e professores não sejam liberados até terça-feira, 1º/11, a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, irá pessoalmente ao local do bloqueio para diálogo e intercessão junto à PRF para que haja liberação pacífica e imediata do tráfego para minimização dos prejuízos causados à comunidade acadêmica e liberdade do fazer acadêmico. A Reitoria e a Prefeitura Universitária acompanham o caso.” A UFRJ não permitirá que seus estudantes, professores e funcionários sejam ultrajados e hostilizados e com anuência de outros entes do Poder Executivo. Vivemos em uma República. A Universidade não se calará e não permitirá que ataques sucessivos à comunidade acadêmica continuem em marcha contra a educação e a democracia, nem tampouco compactuaremos com discursos de ódio e ataques antidemocráticos. Seguimos lutando e acreditando na ciência e na educação de qualidade como rota para um Brasil melhor, como acontece em todo país verdadeiramente independente e desenvolvido.

https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/manifestantes-pro-bolsonaro-bloqueiam-onibus-e-ameacam-estudantes-da-ufrj-na-via-dutra,38f452519de83b5d89c525098add2885zc8os6v8.html

Estudantes do curso de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) relataram ao Estadão que foram ameaçados por um grupo bolsonarista que bloqueou a Rodovia Presidente Dutra na altura do km 276, em Barra Mansa, no sul do Estado do Rio, nesta segunda-feira, 31. Segundo o relato, por cursarem uma universidade pública os alunos foram identificados como petistas e passaram a ser hostilizados pelos manifestantes. Os ativistas protestam contra a derrota do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) na disputa com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial que se encerrou neste domingo, 30. Mobilizaram-se em vários estados para pedir um golpe militar.

Segundo os estudantes, os ativistas ameaçaram queimar os estudantes. Também conforme os universitários, agentes da Polícia Rodoviária Federal testemunharam as ameaças e não intervieram. O Estadão não conseguiu entrevistar, na noite desta segunda-feira, 31, nenhum porta-voz da PRF sobre essas reclamações de estudantes em relação à suposta omissão de integrantes da corporação quando foram ameaçados pelos manifestantes.

“Nós saímos do Rio às 8h desta segunda, num ônibus da UFRJ, rumo a Uberaba, para fazer um trabalho de campo da disciplina Estratigrafia”, contou por telefone uma aluna que participa da viagem e prefere não se identificar.

A nota diz que os professores orientaram os estudantes a se dividirem em grupos e ir para o hotel mais próximo, apenas com as roupas do corpo e documentos. “Durante o caminho, os estudantes foram xingados, filmados, ameaçados e hostilizados pelos manifestantes, que impediram o direito constitucional de ir e vi., diz o texto”

Na nota, a Reitoria da UFRJ “repudia veementemente o bloqueio e a hostilização protagonizados pelos manifestantes que impossibilitaram os estudantes de prosseguir viagem de pesquisa acadêmica” e se solidariza com os estudantes, professores, motoristas e seus familiares. O texto lembra que a universidade sofreu, em 2022, sucessivos bloqueios orçamentários, chegando a “um estado de penúria financeira” e reclama dos “bloqueios terrestres que impedem o livre tráfego para produzir pesquisas”.

“A UFRJ não permitirá que seus estudantes, professores e funcionários sejam ultrajados e hostilizados e com anuência de outros entes do Poder Executivo” diz o texto. “Caso os estudantes e professores não sejam liberados até terça-feira, 1º/11, a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, irá pessoalmente ao local do bloqueio para diálogo e intercessão junto à PRF para que haja liberação pacífica e imediata do tráfego para minimização dos prejuízos causados à comunidade acadêmica e liberdade do fazer acadêmico. A Reitoria e a Prefeitura Universitária acompanham o caso.”

A UFRJ não permitirá que seus estudantes, professores e funcionários sejam ultrajados e hostilizados e com anuência de outros entes do Poder Executivo. Vivemos em uma República. A Universidade não se calará e não permitirá que ataques sucessivos à comunidade acadêmica continuem em marcha contra a educação e a democracia, nem tampouco compactuaremos com discursos de ódio e ataques antidemocráticos. Seguimos lutando e acreditando na ciência e na educação de qualidade como rota para um Brasil melhor, como acontece em todo país verdadeiramente independente e desenvolvido.

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