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Globo escolhe culpados por audiência ruim do BBB 23: calor e Travessia

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 Globo ligou o sinal amarelo por causa da audiência da primeira semana do BBB 23. O reality show da Globo teve o pior ibope em uma noite de Prova do Líder em seus 21 anos de história e ficou abaixo dos 20 pontos. A emissora, por enquanto, isenta a produção. O calor forte, a pandemia de Covid-19 totalmente controlada e a novela Travessia são considerados os principais culpados.

O Notícias da TV teve acesso a um relatório de audiência do programa. Em seus quatro primeiros episódios, a temporada de 2023 do Big Brother Brasil obteve média de 20 pontos na Grande São Paulo e também no PNT (Painel Nacional de Televisão), que mede as 15 principais metrópoles do Brasil.

É o pior início da história, empatado justamente com o pouco memorável BBB 19, que foi sinônimo de fracasso e é o responsável por ter feito a direção dar um chacoalhão no formato, misturando anônimos e famosos no confinamento a partir de 2020.

Na visão da Globo, no entanto, o cenário atual é diferente. A 23ª edição começou com um elenco promissor, que indica estar pronto para o jogo. A expectativa é que esse comportamento ajude a incrementar a audiência nas próximas semanas, com o começo de dinâmicas que façam a convivência esquentar.

Para quem trabalha na Globo, o maior culpado é o forte calor nas principais capitais do país. As temperaturas no Rio de Janeiro estão bem acima dos 30 graus, e o verão em São Paulo finalmente começou a dar as caras nas últimas duas semanas, depois de um início de ano mais frio do que a média.

O calorão tem como efeito diminuir o número total de televisores ligados no horário da linha de shows. Nunca um BBB foi ao ar com uma porcentagem tão baixa de TVs sintonizadas. Na primeira semana, o índice ficou na casa dos 49% no PNT.

TVs atingem patamar histórico de baixa

Só para efeito de comparação, no BBB 22, que marcou a estreia de Tadeu Schmidt no reality show, o percentual era de 57%. Na época, o Brasil vivia uma nova onda de Covid-19 causada pelas festas de fim de ano, que fizeram o Carnaval ser adiado nas grandes cidades de fevereiro para abril e aumentou o número de pessoas em casa.

A edição passada tinha um mesmo problema: a novela das nove estava com público abaixo da média. No caso, Um Lugar ao Sol (2021) tinha números até piores que os de Travessia.

A Globo esperava que o atual folhetim se tornasse um sucesso por causa do histórico de Glória Perez. Mas isso não aconteceu. Nos últimos dias, houve uma reação tímida, com a trama dando 25 pontos. Ainda assim, muito aquém dos 30 de média que Pantanal (2022), sua antecessora, alcançava.

Outros tempos?

Já o BBB 21 foi transmitido em uma época em que 61% das residências estavam com as TVs ligadas no fim de noite, 12 pontos percentuais a mais do que o índice atual. Na ocasião, as pessoas ficavam em casa para reduzir as chances de contágio pela Covid-19, que estava com picos de casos no Brasil e ainda sem as pessoas vacinadas.

O contexto ajuda a explicar a enorme audiência do programa de eliminação de Karol Conká, que chegou a picos de 42 pontos na capital paulista, com média de 38,3. Ao mesmo tempo, a reprise de A Força do Querer (2017) e a retomada de Amor de Mãe (2019-2021) tiveram bom desempenho e ajudaram na elevação.

O BBB 23 terá 100 dias novamente e vai terminar sua edição em 26 de abril, uma terça-feira. O programa estreou com 34 patrocinadores confirmados e um faturamento acima de R$ 1 bilhão, algo nunca antes atingido pelo núcleo comandado pelo diretor J.B de Oliveira, o Boninho.

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