É padre ou não? Aliado de Bolsonaro em debate, Kelmon tem cargo questionado. 9

É padre ou não? Aliado de Bolsonaro em debate, Kelmon tem cargo questionado.

https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/09/29/quem-e-o-candidato-padre-kelmon-que-tem-chamado-atencao-dos-eleitores.htm

Natural de Acajutiba, Bahia, Kelmon Luis da Silva Souza, de 45 anos, conhecido apenas como Padre Kelmon, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), tem sido a atenção dos eleitores desde a última semana e, principalmente após o debate exibido pelo SBT no sábado (24). O candidato, que estará presente no debate desta noite, da Globo, tem seu título de padre contestado pela Igreja Católica (veja a íntegra abaixo).

Originalmente, Kelmon não seria candidato, mas acabou herdando a vaga de Roberto Jefferson, também do PTB, na disputa à presidência do Brasil. Inclusive, em seu registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda constam as redes do antigo candidato.

A substituição por Kelmon aparentemente foi definida pela amizade entre os dois políticos. Além disso, o religioso era vice do ex-candidato desde que se conheceram em uma missão ortodoxa na Bahia, onde surgiu o convite para ser seu representante de chapa em seu Estado.

O candidato que já foi filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) também se diz admirador de políticos falecidos como Levy Fidélix, do partido Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), e Enéas Carneiro, do Partido Liberal (PL). Ele ainda utiliza seu canal no YouTube para denunciar a “Islamização” e a “Perseguição” aos cristãos no Brasil.

Questionamento sobre ser padre

A relação de Kelmon com a religião tem sido alvo de polêmica. Em suas redes sociais, a Igreja Católica negou que Kelmon seja sacerdote da Igreja Ortodoxa no Brasil e nunca foi seminarista ou membro do clero em nenhum dos três graus da ordem —bispo, presbítero e diácono.

“Kelmon se apresenta como sacerdote da Igreja Ortodoxa no Brasil, aparecendo em peças de campanha com vestimentas tradicionais da Igreja. Ainda segundo o documento, o “padre” nunca foi seminarista ou membro do clero da Igreja em nenhum dos três graus da ordem, quer no Brasil ou em outro país.”, diz a postagem da Igreja Católica.

Em resposta, Kelmon divulgou uma carta da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru. A entidade diz ser reconhecida pelo governo peruano e chama o candidato de “um dos membros mais ilustres” das missões.

A Igreja ainda informa que Kelmon é reconhecido pela Santa Igreja Ortodoxa como “pároco interino sediado no Vicariato Episcopal do Brasil”. O presidenciável é responsável pela Missão Paroquial Ortodoxa Malankar de São Lázaro na Ilha da Maré, na Bahia.

A nota ainda informa que Kelmon se afastou da Igreja no dia 2 de agosto, devido ao conflito de interesses, com uma licença eclesiástica.

https://www.instagram.com/p/Ci_JUG5Akda/

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