7 dias da morte de Marília Mendonça e seguimos em meio a dúvidas sobre o acidente 9

7 dias da morte de Marília Mendonça e seguimos em meio a dúvidas sobre o acidente

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Na última sexta-feira (5), a cantora e compositora Marília Mendonça morreu, aos 26 anos, em uma queda de avião. A aeronave caiu numa serra em Piedade de Caratinga, a 309 quilômetros de Belo Horizonte (MG). Marília se apresentaria, naquela mesma noite, em Caratinga, a cerca de 12 quilômetros do local do acidente. A queda da aeronave também vitimou Henrique Ribeiro, produto geral da artista; Abicieli Silveira Dias Filho, tio e assessor da cantora; Geraldo Martins de Medeiros Júnior, piloto do avião; e Tarciso Pessoa Viana, copiloto.

Uma semana depois do acidente, ainda há dúvidas a respeito do que realmente causou a queda do avião. O ocorrido vem sendo investigado pela FAB (Força Aérea Brasileira). Veja abaixo tudo que, até agora, já se sabe sobre o acidente que causou a morte de Marília Mendonça:

Queda de avião é investigada pelo Cenipa, da FAB

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos), da Força Aérea Brasileira (FAB), está à frente das investigações sobre o acidente. Para a tarefa, o órgão da Aeronáutica destacou investigadores que atuam no Rio de Janeiro (RJ), no serviço regional de investigação e prevenção de acidentes.

“Na ação inicial, os investigadores identificam indícios, fotografam cenas, retiram partes da aeronave para análise, ouvem relatos de testemunhas, reúnem documentos, etc. Não existe um tempo previsto para essa atividade ocorrer, dependendo sempre da complexidade da ocorrência”, afirmou a Aeronáutica, em nota oficial.

Com a investigação, o Cenipa busca evitar novos acidentes com características semelhantes. “A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuintes”, prossegue a nota.

Modelo de avião é um dos mais usados no Brasil

O modelo no qual Marília Mendonça viajava é semelhante ao da aeronave que caiu em Piracicaba, interior de São Paulo, em setembro, deixando sete mortos. É um modelo C90A, fabricado pela Beech Aircraft, que custa em torno de US$ 2,5 milhões. Há cerca de 430 aeronaves desse tipo atualmente em condições de voo no Brasil. O modelo é popular por poder pousar em pistas não pavimentadas e pistas curtas; e considerado bastante seguro: apenas 15 acidentes com aeronaves desse tipo aconteceram no Brasil nos últimos dez anos.

Investigação começou no sábado

A equipe do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) começou o trabalho de apuração das causas do acidente com o bimotor que causou a morte da Marília Mendonça por volta das 6h de sábado (6). O tenente-coronel aviador Oziel Silveira, chefe do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA 3), órgão regional do Cenipa, estava no comando da operação.

Colisão com fios de alta tensão pode ter causado a queda

Na noite de sexta-feira (5), a Cemig, empresa distribuidora de energia de Minas Gerais, confirmou que o avião que levava Marília Mendonça atingiu um cabo de uma torre de distribuição da companhia localizada em Caratinga. O rompimento de um cabo da rede elétrica foi confirmado com um sobrevoo de helicóptero na manhã de sábado (6). Assim, levantou-se a possibilidade de que o choque poderia ter provocado o acidente. Cerca de 33 mil pessoas que dependem da Linha de Distribuição Caratinga 1 ficaram temporariamente sem energia elétrica.

Avião não tinha caixa-preta; motores foram localizados

O avião que transportava Marília Mendonça não possuía caixa-preta, uma vez que esse tipo de aeronave não requer o equipamento. A equipe do Cenipa conseguiu, porém, encontrar o equipamento de geolocalização que dá as coordenadas dos locais por onde a aeronave pode ter passado. O relatório final com as conclusões das análises ainda não foi divulgado.

Destroços do avião foram removidos

Os destroços do avião que levava Marília Mendonça foram retirados do local do acidente no domingo (7). A operação foi realizada pela Fervel, uma empresa da região, segundo informações do UOL. Um guincho de arrasto de 200 toneladas foi utilizado para puxar o avião de dentro da cachoeira onde estava. As asas do bimotor foram cortadas, para facilitar a remoção.

Cabo foi encontrado enrolado em hélice

A Polícia Civil de Minas Gerais encontrou um cabo enrolado em uma das hélices do bimotor. Apesar das evidências de que houve realmente uma colisão do avião com o cabo da torre de distribuição de energia, especialistas afirmam que ainda não é possível saber se as falhas que provocaram o acidente ocorreram antes da colisão ou logo após.

– A gente só pode afirmar que esse é o cabo que se rompeu quando tiver o laudo pericial – disse ao Jornal Nacional o delegado regional de Caratinga, Ivan Sales.

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